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Igor Jesus

Portugal

material audiovisual

Igor Jesus

ciclo programático 01 /

Vive e trabalha em Lisboa. É licenciado em Escultura pela Faculdade de Belas-Artes da Universidade de Lisboa. Esteve em residência na Kunstlerhaus Bethanien, em Berlim 2016-2017 com o apoio da Fundação Calouste Gulbenkian. No ano de 2017 foi também  Finalista da Edição Prémio Novos Artistas da Fundação EDP.
Das exposições individuais incluem: Dias de Chuva, Janela - Limbo, Lisboa ; Safelight, Galeria Filomena Soares, Lisboa; Mozart, Janela - Taffimai, São Pedro do Estoril (2019); Strob, No Entulho - Artworks, Porto; Antropofagia, Art fair Cologne, Colonia; Bound to the Earth, Kunstraum Botschaft, Berlim (2018); Love you to the Bones, Kunstlerhaus Bethanien, Berlim (2017), Amar-te os Ossos, Galeria Filomena Soares, Lisboa (2017), Chessari, Galeria Solar, Vila do Conde (2016), A Última carta ao Pai Natal, Galeria Filomena Soares (2015) e Debaixo do Sol, Appleton Square, Lisboa (2015). Em 2014 apresentou a exposição Old School #32, Lisboa, e em 2013 Peso Morto, Espaço Zero, Tomar.
Entre as mais recentes exposições colectivas contam-se: 2012-2020 | MACE, Colecção António Cachola, Elvas  em 2020; Depois do Estouro, Curadoria Tomás Abreu - Galeria Municipal do Porto, Porto; Água, Vinho, Coroas de Flores, Curadoria Miguel Mesquira - Uppercut, Lisboa; Murro no Estômago, Curadoria Ana Cristina Cachola - Galeria Boavista, Lisboa; El Fantasma del una Oportunidad, Curadoria Ana Cristina Cachola - La Nave, Madrid; Mellifluous Elephant (MÉ), Curadoria Francisca Aires Mateus - Casa Dona Laura, Lisboa em 2019; Collaboration, Curadoria Ana Cristina Cachola - Schijf, Rosendal; O Futuro do Presente, Cisterna - Faculdade Belas-Artes Lisboa, Lisboa; Collaboration, Curadoria Ana Cristina Cachola - Quinta do Quetzal, Vidigueira em 2018; Tempo Inscrito - Memória, Hiato e Projecção, Curadoria Sérgio Fazenda Rodrigues, Quartel, Abrantes ; Efeito-Suruba, Curadoria PiPi Colonial, Gaivotas 6, Lisboa; 11º Prémio Amadeo-Souza Cardoso, Museu Municipal Amadeo-Souza Cardoso, Amarante; TAWAPAYERA, Atelier- Museu Júlio Pomar (2017); Prémio EDP Novos Artistas, Fundação EDP (2017); HangarOut - EntreLinhas, Palácio Marquês de Abrantes (2017); em 2016: Artists' Film International (screenings no MAAT, Lisboa, Whitechapel Gallery, Londres, Istanbul Modern, Turquia, GAMeC – Galleria d'Arte Moderna e Contemporanea di Bergamo, Itália, e Project 88, Bombaim, India); Topologia del Aura, Galeria Bacelos, Madrid (2016); Abaixo as fronteiras! Vivam o design e as artes, Diálogo entre o design e obras da coleção António Cachola, Museu de Arte Contemporânea de Elvas e Pátio da Galé em Lisboa (2016); Ponto de Partida - uma seleção de obras da coleção de arte contemporânea Figueiredo Ribeiro, Quartel, Abrantes; em 2015: Um Horizonte de Proximidades, Arquipélago – Centro de Artes Contemporâneas, Ribeira Grande, São Miguel, Açores; Princípio Tautológico, Hangar – Centro de Investigação Artística, Lisboa; Obras da Coleção António Cachola, Centro de Arte Contemporânea Graça Morais, Bragança; The lynx knows no boundaries, Fondation d’Entrepise Ricard, Paris.

A criação visual contemporânea, num momento de acentuação da digitalidade enquanto regime estético-político, tem vindo a problematizar a tensão entre materialidade e desmaterialização, questionando o desaparecimento do corpo, endémico à codificação digital da matéria. Esta tensão coloca-se de forma particularmente aguda no campo da imagem em movimento, em que o desaparecimento do celulóide se tem traduzido numa necessidade de pensar as implicações estéticas e políticas de um medium que cada vez mais assume uma forma imaterial e codificada. Este questionamento traduz-se frequentemente em práticas artísticas que procuram re-situar o corpo no campo visual e político, ora tornando visível a forma como os dispositivos de criação de imagem continuam a produzir corpos, ora demonstrando como os próprios corpos que supostamente se desmaterializam produzem, também eles, imagens que geram efeitos materiais, afectivos e políticos. Através destas práticas, o corpo (individual e político) reinscreve-se na e através da presença material do próprio medium.
O poder contemporâneo exerce-se, também, por via de uma dimensão escópica e corporal, que se cruza com processos de racialização, de género e sexualização, através dos quais o corpo é entendido como desejo e valor, mas também desperdício ou desvio.

Igor Jesus, Daniela Agostinho e Ana Cristina Cachola

Credits

recursos: material audiovisual formato: residência ciclo programático 01fotografia & video: Bruno Lança